quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Rios Beirinhos



Rios que sombream o horizonte
Emudecem o homem que nada
Alimenta o homem que pesca
Encantando o homem que sonha.

Igarapés que são as ruas da história
Inundam as várzeas
Alimentando os pescadores...
Encantando os sonhadores.

Margens irraizadas de esperança
Que consomem os tolos
Que emudecem homens
Que amadurecem seres
Que convocam tempos
Que iludem templos
Que secam a maré
Que inundam os olhos
Que trazem dos sonhos
O que dizem da vida…

Rios que sombream o horizonte
Protegem os navegantes
E a história dos cabanos
Que amadurecem os Rios Beirinhos.

A Rua

Minha visão passa despercebida e só consigo enxergar a pobre rua escura em meio ao tempo com suas linhas brancas e amarelas, seus tracejados finos e ásperos, suas lombadas duras, altas ou fundas a esbarrar no fundo dos veículos circulantes.
Passo os dias olhando, um após o outro, intinerantemente.
É mais uma noite, sigo calmamente o meu destino, vislumbrando a pista com suas vozes mudas sim...bólicas. Cada uma falando em minha visão como devia proceder em meio a escuridão, linhas brancas contínuas nas laterais externas e amarelas pontilhadas internamente, vez por outra placas surdas aparentes ou não, tentam informar-me o que devo atentar. O tempo passa e a noite faz-me lembrar das oportunidades ofertadas a meus pensamentos durante todo o tempo decorrido de minha andança. As vezes sou surpreendido por grandes clarões brancos a frente, que na maioria chegam a ofuscar meus olhos.
Após tantas e tantas horas ininterruptas de meu deslocamento, a mente totalmente fechada a tudo que rodeava meu ser, sentia-me totalmente nulo em detrimento de minhas expectativas, minha simplória visão cansada de enxergar sempre o velho pinche pintado de branco e amarelo, deixava-me cada vez mais cansado, e por vezes o piscar dos olhos era mais demorado. Forçava-me o olhar, mas atento na rua para não perder o foco do deslocamento de mim próprio. De repente comecei a ver quase que sem querer um novo horizonte acima de minha cabeça. Via com clareza as pequenas luzes brilhantes em meio a escuridão daquele momento noturno, não se fazia, mas necessário tanto esforço para dirimir meus olhares, tudo estava mas facilitado, fixava-me num céu tão estrelado e límpido que mal se fazia necessário os faróis dos carros para iluminar a agora doce floresta em meu redor. Conseguia calmamente entender todo deslumbramento do orvalho a cair paulatinamente em meu para brisas, era o excesso de suas gotículas a molhar o vidro transparente de minha vida proporcionando o pensamento sensato de minhas escolhas.
A noite passou com tranquilidade. A partir desse momento conseguia concatenar com mais prudência todas as minhas decisões, analisava com mais atenção às tomadas e retomadas de aceleração de meus destinos e não esquecia mais a origem de todos os meus dilemas, anseios e sonhos retóricos. Passei a ver com mais tranquilidade as coisas, comecei a enxergar o verde das árvores a passarem ora ao meu lado ora em meu redor, não via o asfalto como um medo a ser vencido, via agora como meu aliado, aquele que me ajuda na busca de meu destino.
O dia amanheceu calmo, o brilho incessante do sol clareava as colinas que agora via em meio à serração. Abri a janela do carro para sentir o ar fresco circular em meu corpo, o vento forte devido a velocidade tocava minha pele e o frio gelado trocava o calor do meu ser. A solidão daquele momento era benéfica, sentia que tudo que existia não importava, pois estava completamente pleno em meus poucos pensamentos. A vida passava em meio a inúmeras turbulências, mesmo assim sentia-me completamente livre e tranquilo, sabedor e mantenedor de todas as vontades de minhas poucas vontades sentidas na minha pequena esfera vivente.
Neste momento a pequena rua parecia pra mim exatamente da forma já descrita. Sinto-me cansado devido tanta imaginação. Paro. Olho para os lados e sinto realmente um frio absurdo a me rodear, então seguro as rodas de meu carro com minhas mãos pequenas e o desloco em direção a minha casa. Subo a rampa, entro, fecho a porta e volto a admirar o vento frio a soprar a rua de terra vermelha, com suas pedras soltas e a poeira torpe a se misturar com o forte vento durante essa minha manhã imaginária.
Recosto-me ao banco de meu carro e adormeço para quem sabe noutro dia começar a imaginar tudo de novo.

O HOMEM E A PENA



O homem senta
O pensamento chega
Pega a pena e escreve…

A fala do homem que chega
O pensamento que assenta
O que a pena inscreve…
...
O pensamento do homem falha
Quando a pena seca
E este espera…

A nova tinta
Para a bela pena
De bico doirado…

Enquanto aguarda
Prepara o enriquecer de seu sonho.

O tempo passa
O dia avança
E ele a espera da pena
Seca e suja
Que não mais umidece
Escreve
Inscreve
O pensamento são do homem.

Que chega
Que senta
Que lembra…

Que a pena vazia
Apenas marca
O seu espaço no velho papel virgem.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A Solidão

A solidão desarma o homem que irresponsavelmente se desordena em buscas variadas para inibir suas sensações diárias. A insegurança maltrata o individuo de maneira dolorosa, fazendo com que este diversifique suas sensações itinerantes  Paulo era um homem solitário, viveu seus 40 e poucos anos sem se apegar a ninguém com paixão real, apenas curtia sua vida plenamente, sem ao menos se dar conta que o mundo passa e a idade avança. Um belo dia ao acordar, notou que seus cabelos já não tinham tom forte, que seu rosto já não era tão claro e limpo, começou desta feita a pensar no que havia feito de importante durante todos os anos passados. O que teria construído de sólido? Essas dúvidas pairaram por ele durante alguns minutos. Quando notou estava vendo no espelho uma imagem que o assustara. Viu que sua existência não tinha tanto sentido como pensava, era um homem solitário, sem companhia, triste. Isolado em seu próprio mundo, fechado em seu pleno ciclo que nem amigos conseguiu conquistar. O que Paulo viu em seu espelho o assustou bastante que nem teve forças para sair daquele local, sentou-se ao chão em frente ao seu reflexo e começou a tentar entender, todo o significado de sua vivência até aquele momento. Olhou-se calmamente por vários minutos sem nem ao menos piscar. Observou-se incessantemente tentando compreender os porquês de sua existência. Seu reflexo assustador  parece que conseguiu tirá-lo de dentro da sua personalidade, então Paulo chorou por vários minutos sucessivos e acabou limpando sua alma escura e contemplando sua aura bela e crua, após o acordar do sonho. Cansou de um dia tentar se entender pelas coisas que sempre realizou ou sonhou. Pensou que enquanto pensava em tudo, sempre conseguiria resolver ou ao menos afastaria o ruim de sua vida. Parou. Entendeu que por mais que as pessoas que te ouvem digam que te entendem, isso na maioria das vezes é dito apenas para que você não se magoe com elas, pois a humanidade se individualiza cada dia com a velocidade da luz…diria eu mais das trevas, pois o entendimento humano cada dia que passa de desfaz ou diz diz em meio a um emaranhado de casos, causos e estórias de um, de vários ou de todos, não importa, pois um dia o fim chega, e quase sempre vem sem ao menos ter dado a verdadeira oportunidade para o homem ter dignificado os seus, da forma em que este mesmo homem um dia divagou. Os indivíduos, parecem que estão cada vez mais vivenciando a perfeita denominação da palavra, se deixando a cada dia mais que o outro, procurando, tentando, percebendo, acreditando e alcançando o uno individual, o egocentrismo de suas percepções e ações, utilizando-se do achismo do eu em detrimento do próprio eu, colocando-se cada vez mais em sua redoma individual como se fosse uma experiencia de vida in vitro, num vidro que nunca estala, que não fura, que nunca quebra, que não some, mesmo em sua fascinante transparência. Consegui visualizar o outro lado, ultrapassei com facilidade o imaginário, mais não enxerguei o reflexo no vidro por falta apenas do fundo. Mirei atentamente minhas realizações e realidades, mas vi apenas o invisível  ou melhor não enxerguei o visível, mesmo que este estivesse claramente em minha frente, talvez seja por isso mesmo, o claro é sempre mais difícil de ser visto, se estivesse nas trevas, rapidamente conseguiria discernir sobre o real e/ou imaginário de meus propósitos de vida, ou melhor na vida, vivida, vivenciada ou envolvida por outras vidas não compreendidas, não percebidas, não entendidas, nem mesmo percebidas, por mim ou você, em verdade por mim mesmo devido ao fundo novo revelado do in vitro negro apresentado. Meus pensamentos cessam, tudo congela, pára, minha mente se estagna e o que se revela a mim e tão somente a louca claridade, brilhante e forte, meu ser se contempla na angustia real de minha nada vida. Me sinto forte, fico em pé sem ao menos cambalear, meus pés estão firmes como rocha, e me encaminho suavemente em direção a porta, atravesso e percebo o branco leve da paisagem a minha frente, desta feita tudo fica claro, tudo se torna limpo, e entendo que uma nova vida me chama, então prosto-me em meio ao léu resplandecente de minha nova caminhada, e aceito com gratidão a nova missão que recebo. Atentamente, passo por todo o paço livre, sentindo a brisa leve e aconchegante em meu rosto, encontro ao fim da bela passarela um pedestal com um livreto aberto onde li: “Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais, por que dos tais é o reino de Deus.”(Marcos 10,14). Sem muito entender o que havia lido continuei a caminhada, e ao passar por um portal estreito e alto deparei-me com um largo repleto de arvores, fontes e flores, ao me aproximar de um pequeno bebedouro de pássaros ao centro da praça, vi que minha aparência se fazia de uns poucos anos, me assustei, então entendi onde estava naquele novo momento, me tranquilizei e continuei seguindo a direção do meu novo destino. Meus Olhos Abri meus olhos calmamente, entretanto não conseguia vislumbrar nada que fosse conhecido ou significativo a minha pessoa. Naquele momento, tudo o que percebia era uma luz clara ao longe, parecia aumentar sua intensidade paulatinamente, de repente, escuridão total, senti as pálpebras caírem violentamente por sobre meus olhos, tão pesadas que estavam, que mal consegui abri-las novamente, desta feita apaguei. Passado alguns minutos, senti que minha vitalidade voltara vagarosamente, sentia mais uma vez o calor de meu próprio corpo aquecer minha consciência  percebia o ar adentrando meus pulmões com voracidade, então, canalizei minhas renovadas forças vitais para abrir novamente meus olhos. E mais uma vez, lá estava , desta vez mais brilhante e perto de minha visão, sua intensidade praticamente me cegaria se conseguisse fixar meus olhos por mais tempo em sua direção. Apreciei complacentemente aquela claridade mágica, parecia que me encontrava em uma espécie de redoma esbranquiçada, iluminada por holofotes enormes. Alguns minutos mais tarde, novamente senti meu ser desfalecer, lutei com as poucas forças que me restavam para permanecer firme, isso foi em vão, parecia que o peso de meu corpo duplicava com facilidade imensa, meus olhos outra vez iam lacrando, perdi momentaneamente o discernimento do real, do que via, tentei entender o que acontecia, no entanto meus sentidos eram insuficientes para compreender os acontecimentos em minha vida naquele exato momento. Desfaleci novamente. Desta vez pareceu que o tempo parara, não consegui vislumbrar nada a meu redor, apenas sentia que estava sendo vigiado. Não sentia mais a claridade de outrora, apenas pressentia que alguns vultos me acompanhavam, conversavam entre si, rodeavam meu leito, mas eu não os podia compreender, fiquei na expectativa de que alguém se aproximasse mais e assim eu pudesse então visualizar com clareza o que acontecia. Sentia-me fraco. Notava apenas as roupas brancas, várias delas ao meu redor, porém, longe o suficiente para que eu conseguisse enxergar. Vários minutos passavam e parecia que meu ser se distanciava cada vez mais da minha realidade vivida. Sentia que o espaço em que me encontrava começava a desaparecer. Formava-se em minha frente um caminho acinzentado, iluminado com pequenas lâmpadas fracas ao chão, como que sinalizando o trajeto que deveria seguir. Olhava para frente, porém, não conseguia vislumbrar onde iria findar o trajeto. Apenas entendia que deveria seguir até que encontrasse algo ou alguém que pudesse desvendar tudo o que estava acontecendo comigo. Sentia-me confuso, desnorteado, as coisas pouco faziam sentido. Sentia medo. Fechei outra vez os olhos com força, com a esperança de que ao reabri-los pudesse acordar deste pesadelo que começava a me assombrar. O ar parou de repente, mais continuava com meus sentidos todos aparentes, não compreendia o que estava acontecendo, novamente me preocupei, mais uma vez desfaleci. Notei uma correria ao meu redor, não via nada, apenas sombras, e luzes piscando ao fundo. Tentei abri meus olhos, mais minhas pálpebras continuavam tão pesadas que impediam uma perfeita visualização do que acontecia. Novamente um clarão límpido e branco ofuscou meus olhos violentamente, sentia-me acordado outra vez, mais o caminho agora estava mais iluminado, e conseguia sentir uma brisa fria passar pelo meu corpo. Ao longe, ao fim da imensidão, tudo bem indefinido, notava uma claridade diferente da que me acompanhava, parecia que um largo redondo completava o fim do caminho que percorria. Meus olhos me davam mais uma oportunidade de tentar entender o que acontecia, todavia ainda sem a nitidez necessária para uma compreensão perfeita do que via. Conforme me aproximava, mais notava as peculiaridades do passeio que realizava, árvores e animais agora se faziam presentes em redor, notei que o caminho não mais era cinza e sim repleto de cores vibrantes. Tudo parecia mais nítido. Uma paisagem indescritível se abria bem a minha frente, estasiando-me completamente, sentia-me livre, contemplando aquela imensidão natural. Percebi que meus olhos nesse momento já se encontravam fortalecidos de novo, já conseguia discernir tudo que via, entretanto, me encontrava confuso, pois não sabia como poderia eu estar neste paraíso perfeito e minha mente ainda estando em meio as lembranças dos vultos brancos a minha volta. Olhava para todos os lados, e descobria a cada momento o quão era belo e perfeito o local onde me encontrava, comecei a apreciar toda aquela maravilha ao meu redor. Maravilhado estava com tanta ternura, sentia o ar invadir meus pulmões e fortalecer minha vida, sentia-me forte, o medo e a apreensão já não se faziam presente em mim naquele momento, ainda não compreendia o que estava acontecendo, mais já tinha certeza que preferia esse novo lugar onde me encontrava, do que o anterior acinzentado. Senti uma vontade incontrolável de mais uma vez fechar meus olhos, pressentia que aquela seria a última, fechei-os prolongadamente. Tentei abri-los, mas minhas pálpebras não permitiram, fiquei novamente confuso, uma incerteza assolou-me momentaneamente, continuei forçando-o, em vão. Comecei a ouvir vozes ao longe, estas se aproximavam de mim vagarosamente, acenei os braços, falei, gritei, mas não obtive resposta alguma. Isso me irritou. De repente, senti que alguém tocou em minhas mãos. Segurei com firmeza e senti que uma força luminosa se encontrava bem perto a mim, mais uma vez senti que podia abrir meus olhos. Assim o fiz paulatinamente, e notei que o clarão era enorme naquele momento, que mal podia discernir o que via, porém continuava a sentir o toque em minhas mãos. Vagarosamente a luz foi se dissipando e eu começando a enxergar as coisas ao meu redor, mais sem ouvi com clareza. Percebi que continuava eu em meio ao paraíso de outrora, no entanto, desta vez não me encontrava mais sozinho. Vislumbrava um cem numero de pessoas todas confluindo a beleza do lugar. O céu azul e límpido, com nuvens brancas que formavam desenhos variados, os pássaros entoando seus cantos em meio as árvores floridas e recheadas de frutos, uma verdadeira perfeição natural. Olhei para os lados e ainda não conseguia identificar quem segurava minhas mãos. Neste momento ouvi uma voz suave e doce dizendo: “Meu filho abra os olhos, por favor volte para nós, já fazem tantos dias, e você não nos responde, vamos…acorde…retorne para vida”. Não compreendia aquelas palavras, apenas conseguia identificar que era minha mãe quem falava, olhei para os lados mais uma vez, mais ainda não via quem me segurava as mãos, apenas via a claridade intensa, mais apenas em meu lado. Quando distanciava a visão conseguia vislumbrar tudo ao redor. Fiquei mais confuso, então forcei meus olhos com todas as forças de meu ser, e pude entender o que acontecera, me encontrava em uma nuvem altamente iluminada, me dirigindo ao paraíso o qual via ao longe, e ao meu lado, meus pais, cada um de um lado, conduzindo mais uma vez meu pequeno ser á uma nova vida.

Pensamento

O pensamento flutua
No imaginário,
Procurando um filete
De sabedoria.

O pensamento divaga
Na ilusão,
Restabelecendo a altivez
Ao sonho.

O pensamento surpreende o ser,
Que não sabe
Como o deter.

Enfim, o pensamento,
A si próprio não se contém,
Pois não sabe como pensar.

Meu Coração Muda

Os anos passam um após outro,
O tempo anda aceleradamente,
As primaveras avançam
E meu coração muda ano a ano.

Cabelos brancos nascem,
Meu corpo engorda,
Meus olhos falam
E meu coração muda ano a ano.

Pensamentos falham,
A insonia aumenta,
O ser sente a idade
E meu coração muda ano a ano.

O clima esquenta,
A terra treme,
O mar adentra
E meu coração muda ano a ano.

O sol cresce a cada dia que nasce,
A lua aumenta a cada noite brilhante,
As estrelas iluminam nas madrugadas sem fim
E meu coração muda ano a ano.

As letras se unem,
As palavras se formam,
As frases entornam,
Os livros nascem,
E meu coração continua...
A mudar,
A aumentar,
A desenvolver,
A enriquecer,
A guardar...
Esse louco amor que ainda sinto por você e que continua a crescer.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Os dias sem escrever me perturbam
Já fazem semanas a fio.
O trabalho me ocupa
Que esqueço até dos meus prazeres.

Lembrei-me...
Hoje...
Então...noto minha face inundada
Percebo o quão injusto sou comigo.

Escrevo...
Escrevo...
Escrevo...

"Pensando... achei que um dia podia me engana.
Vislumbrando... compreendi a qualidade louca de meu entender.
Divagando em meus sonhos alegres de outrora...
Me encontro...
Pra viver intensamente as teclas que me devoram".

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Arraial do Tucupi


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Participação na XIV Feira Panamazônica do Livro







Um dos destaques do evento realizado no Centro de Convenções e Feiras da Amazônia- HANGAR, foi o estande dos Escritores Paraenses, que teve à frente a comissão organizadora formada pelo jornalista e escritor Luiz Alho e escritores Dilmar Cunha, Márcio Ananin, Eduardo Santos e Cláudio Cardoso. Este ano o estande contou com o apoio da Fundação Curro Velho/Casa da Linguagem, que fez uma belíssima decoração com peças artesanais produzidas por joven s participantes das oficinas realizadas pela fundação; quadros do artísta plástico Jocatos, fotografias do premiadíssimo fotógrafo Rai Nonato e outras peças de nossa cultura.
Como convidado especial tivemos o cartunista Luciano Mesquita que encantou os visitantes com belíssimas caricaturas produzidas com o talento de quem e hoje, um dos melhores cartunistas do Brasil. Tivemos ainda as escritoras Lízien, de São Paulo-SP e Brenda Marques, de Belo Horizonte-MG que lançaram suas obras no Estande dos Escritores Paraenses. Do primeiro ao último dia, uma frequencia espetacular deu um colorido especial e um recorde de público, traduzido em uma fantástica venda de obras de autores paraenses. Notou-se uma acentuada procura por livros de autores amazônidas, em especial, paraenses, fruto do trabalho desenvolvido nas escolas e colégios, tanto na capital como no interior, que trabalham em salas de aulas autores paraenses, valorizando dessa forma, a produção literária local.
O Estande dos Escritores Paraenses recebeu a visita de figuras ilústres no meio literário e cultural na região e no País, entre eles destacamos a visíta do Excelentíssimo senhor Secretário de Cultura do Estado do Pará, Cincinato, Carlos Gonçalves, diretor de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado, Osvaldo Reis, diretor da secretaria de cidadania cultural do Ministério da Cultura e da estonteante jornalista e sexologa Laura Muller do programa Altas Horas apresentado por Serginho Grossman, da rede globo de televisão. Laura foi a sensação do Estande dos Escritores Paraenses, não só por sua beleza e elegância, mas pela forma gentil e carinhosa como tratou a todos durante sua visita. O melhor de tudo isso foi a frequencia do público e a cordialidade entre os escritores presentes que superou qualquer tentativa de desmobilização de um trabalho que provou ser executado por uma comissão organizadora competente e que vestiu a camisa da literaratura paraense e da Amazônia como nunca antes foi vestida. A comissão organizadora do Estande dos Escritores Paraenses teve a honra de receber a Excelentíssima governadora do Estado, Ana Júlia Carepa, a conduziu pelos correores da Feira Panamazônica do Livro, após ser homegeada por diversos grupos de nossa cultura, até o Estande dos Escritores Paraenses onde foi recebida pelos escritores presente e pelo público em geral, posando para fotos e tomando a já tradicional água na cuia oferecida pelos escritores aos visitantes. Enfim, sucesso total que somente será superado pela próxima Feira Panamazônica do Livro...
Texto de Luiz Alho - Blog Parauara

quinta-feira, 22 de julho de 2010

LEI NONATO SANOVA - ANANINDEUA/PA

SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA, ESPORTE E LAZER


LEI MUNICIPAL DE INCENTIVO À CULTURA AO ESPORTE DE ANANINDEUA
LEI NONATO SANOVA
LEI Nº2034, DE 12 DE ABRIL DE 2003
A Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer comunica que estarão abertas, no período de 07 de junho a 30 de agosto de 2010 as inscrições de Projetos Culturais e Esportivos com vistas ao Incentivo Fiscal (IF), conforme os termos da Lei n° 2034 de 12 de abril de 2003, do Decreto n° 13.412 de 17 de dezembro de 2009 e as seguintes disposições:
1 - Os interessados poderão inscrever somente 01 (um) projeto.
2 - O valor do fomento por projeto terá um teto de até 4.000,00 (Quatro mil reais) em um montante de R$ 130.000,00 (Cento e trinta mil reais) de incentivos fiscais, distribuídos em 65.000,00 para projetos culturais e 65.000,00 para projetos esportivos.
3 - Serão aceitas as inscrições de projetos do setor cultural e esportivo os que estão inseridos no art. 3º da Lei Municipal nº 2.034/2003.
4 - As inscrições poderão ser efetuadas na da sede da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer - Av. Claudio Saunders nº 75 de segunda a sexta-feira, no horário de 08h ás 14h horas. (Protocolo).

Documentos necessários para inscrição
Formulário devidamente preenchido pelo site da Prefeitura Municipal de Ananindeua www.ananindeua.pa.gov.br e declaração de comprovação do domicilio cópia dos seguintes documentos:

Para pessoa física
Cópia autenticada do CPF. Cópia autenticada do RG.Certidão negativa de débitos municipais. Comprovante de residência (domiciliado a 1 ano no município), comprovante de inscrição na entidade de classe ou profissional legalmente estabelecida e vinculada as atividades artístico culturais ou esportiva por 01 ano.
Pessoa Jurídica
II. Formulário fornecido pela SECEL.Currículo do responsável Técnico. Cópia autenticada do CNPJ. Certidão negativa de débitos municipais. Comprovante de residência (domiciliado a 1 ano no município). Comprovante de inscrição na entidade vinculada as atividades artístico culturais ou esportivas por 01 ano.
5 - Os projetos deverão ser apresentados em 2 vias. É de inteira responsabilidade do empreendedor a entrega de toda a documentação e informações solicitadas no formulário.
6 - O modelo de formulário estará à disposição dos interessados no site da Prefeitura Municipal de Ananindeua.
Ananindeua, 28 de maio de 2010.


MIRO SANOVA
Secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Ananindeua

sábado, 26 de junho de 2010

Participação no FRUTAL AMAZÔNIA





Edmilson e Joana prestigiando o escritor no estande da CCA

sexta-feira, 18 de junho de 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

3º Salão do Livro de Santarém


















KUMON NO TUCUPÍ


O escritor e palestrante Dilmar Cunha está revolucionando o aprendizado das 4 operações fundamentais da matemática no Estado do Pará. Autor de um método facilitador, a “Tabuada Colorida”, que acelera o aprendizado através de perguntas e respostas com a mesma cor. Mesmo tendo recebido vários convites para percorrer o país, Dilmar Cunha priorizou o Pará, seu Estado natal, e percorre os municípios divulgando seu trabalho.

Desde o dia 12, o escritor se encontra em Santarém, participando do III Salão do Livro do Oeste Paraense, onde no ano passado foi recordista em vendas no estande dos escritores paraenses. O método foi batizado de Kumon no Tucupí pelo amigo e jornalista Luiz Alho em função da “Tabuada Colorida” ter sido criada para sanar as dificuldades no aprendizado das 4 operações fundamentadas da matemática da filha do autor, assim como foi criado o Método Kumon. Deu certo para a filha de Dilmar e está conquistando a todos que conhecem e utilizam a “Tabuada Colorida”, o Kumon do Tucupí, e aprendem brincando. Dilmar Cunha estará no Salão do Livro em Santarém, em sua versão de 12 a 18 de junho, no Parque da Cidade.


DESTAQUE


Mesmo com toda sua humildade, quem não conseguirá passar no III Salão do Livro em Santarém, de 12 a 18 de junho é o excelente fotógrafo Rufino Almeida, que estará prestigiando o evento, também como escritor, dotado de múltiplos talentos, é fotógrafo, escritor e tri-atleta, tendo conquistado várias premiações em sua categoria. Seu trabalho é reconhecido pelos escritores paraenses, nas Feiras Panamazônicas de Livros, na Academia Paraense de Letras e Caravana Cultural da Amazônia, através dos registros fotográficos; como escritor vem conquistando o destaque que merece ter. Rufino Almeida será mais uma atração no Estande dos Escritores Paraenses no III Salão do Livro em Santarém e com certeza encontrará um “tempinho” para registrar as belezas que fazem com que Santarém seja admirada no mundo todo, com destaque para Alter doChão. O III Salão do Livro em Santarém acontece de 12 a 18 de junho no Parque da Cidade.



O POETA DAS PRAÇAS

Durante a realização do III Salão do Livro em Santarém, a população vai ter a oportunidade de conhecer um dos maiores fenômenos da Literatura Paraense, Eduardo Santos, o Poeta das Praças e da Bicicleta, que percorre as praças do Brasil, montado em sua bicicleta comercializando os livros de poesias que escreve e ele mesmo produz de forma artesanal. Eduardo Santos ficou conhecido no país inteiro ao participar de Programas como Jô Soares e Ana Maria Braga, na Rede Globo de Televisão.

Seu trabalho está registrado no Guinnes Book por ser considerado o escritor que mais produz livros de forma artesanal. Eduardo Santos espera conquistar os leitores do III Salão do Livro em Santarém através de seu trabalho diferenciado e dedicado aos que gostam de uma boa leitura. Quem comparecer ao III Salão do Livro em Santarém terá a chance de conhecer de perto o talento desse jovem escritor que faz da sua vida um livro que deve ser lido por todos. O Salão do Livro em Santarém vai de 12 a 18 de junho.

quinta-feira, 10 de junho de 2010


quarta-feira, 2 de junho de 2010





















Telefones de Contato:
Cláudio Cardoso - 88822908
Marcio Santos - 81606569
Eduardo Santos - 96278720
Dilmar Cunha - 99995268
Luiz Alho - 88060342

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Reconhecimento Público

A Caravana Cultural da Amazônia – CCA , em seu nome e da Academia Parense de Letras – APL, bem como em nome de seus Parceiros, reconhece o valor e a importância do trabalho desenvolvido pela Secretaria Municial de Educação de São João de Pirabas, na pessoa de sua Secretária, Luciana Queiróz, parabeniza toda sua equipe técnica, na pessoa da Diretora de Ensino Ana Cláudia Neves, agradecendo o apoio das assessoras Anaíde e Laydiane e de todos os Diretores e Professores que não mediram esforços para a realização da I Feira do Livro de São João de Pirabas. Nada paga o sorriso e o brilho no olhar de crianças e jovens quando descobrem o mundo novo que o Livro pode oferecer. Nada paga a satisfação de pais e mães quando veem o caminho do bem que a Educação e o Livro podem oferecer a seus filhos, nada paga a transformação de uma Sociedade em um mundo melhor, pelo trabalho daqueles que acreditam no futuro e lutam para que isso aconteça através de uma educação de qualidade. Todos ganham quando todos se unem em busca do bem coletivo. Esse foi o exemplo que a Caravana Cultura da Amazônia trouxe de São João de Pirabas e espera ter contribuído para a construção de uma nova realidade educacional ao município.

Por fim agradecemos o carinho e a hospitalidade dos amigos e do povo em geral que nos receberam de uma maneira tão generosa e acolhedora, que marcará para sempre todos os que viveram o dia-a-dia da Caravana Cultural da Amazônia, da Academia Paraense de Letras e de seus Parceiros, em São João de Pirabas. Temos certeza que o Prefeito Clãudio Barroso investiu nesse evento porque além de acreditar na competência de sua Secretária de Educação, Luciana Queiróz, acredita também que a educação é o melhor caminho para a conquista de grandes vitórias.

Caravana Cultural da Amazônia - CCA


A Caravana Cultural da Amazônia, idealizada pelo Jornalista e Escritor Luiz Alho vem sendo pensada e formatada desde o ano de 2007 e tornou-se realidade neste mês de maio de 2010, tem como objetivo principal a interação entre os Escritores Paraenses que buscam dar maior visibilidade às suas obras e ao trabalho desenvolvido em prol da Literatura e da Cultura, em primeiro plano, do Pará e da Amazônia, onde são geradas e de uma maneira geral já que tanto a Literatura como a Cultura são universais e não possuem fronteiras; essa interação se fará onde a Caravana Cultural da Amazônia se fizer presente, estreitando laços com os fazedores de Cultura locais, Professores, Alunos, Poetas, Escritores, Pensadores, Artistas de todas as áreas e o Povo em geral, com o apoio das Prefeituras, através de suas Secretarias de Educação, Cultura e Turismo, essas, fundamentais aos Projetos que poderão ser desenvolvidos nos municípios à partir da presença da Caravana: Feira de Livros, Oficinas, Palestras, Debates, Gincanas Culturais...que visam promover um contato direto entre autores e fazedores de outras artes com professores, alunos e comunidade em geral, numa troca de experiências sobre a cultura geral de nossa região e a dos municípios.

Formada por Escritores e outros fazedores de cultura com obras conhecidas e reconhecidas nos mercados regional e nacional, autores e artistas com trabalhos premiados e distinguidos por sua importância na divulgação da Cultura do Pará e da Amazônia, podendo dessa forma possibilitar a todo e qualquer indivíduo o desenvolvimento cultural através da Leitura e de outras Artes e a valorização do fazer regional.

Destacamos a fomentação junto aos participantes do evento cultural as possibilidades da "Descoberta" de valores locais, em todas as áreas da cultura, o incentivo e o apoio a execução de processos individualizados, apoiados pela troca de experiências entre a Caravana Cultural da Amazônia e a Comunidade em geral do município onde a Caravana se fizer presente.

terça-feira, 6 de abril de 2010

sexta-feira, 12 de março de 2010

Ilhas de Ananindeua

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Uma Noite de Carnaval Inesquecível

Neste carnaval muitas coisas diferentes aconteceram em minha vida, no entanto uma me deixou muito feliz, ao ser convidado para participar de um júri para avaliar blocos carnavalescos de meu município, não poderia imaginar o quão gratificante seria. Ao chegar na Arterial 18 eu e os outros componentes do júri fomos acomodados em um camarote e foi nos dados o material para a avaliação. Enquanto nos apresentávamos pois este era o primeiro contato para quase todos, fomos surpreendidos por uma falta de energia repentina. Já imaginaram em plena segunda feira de Carnaval, os blocos já concentrados, o esquenta dos trios já se faziam há alguns minutos e de repente sem energia. Pois é. Foi assim mesmo e ficamos ali atordoados em meio a escuridão da avenida. Os minutos foram passando e se transformaram em duas horas e meia sem energia, todos já estavam aflitos com a situação inusitada, jurados, organizadores do evento, participantes dos blocos e até a plateia que quase sempre é só curtição já estava apreensiva com a “falta de luz”.
Foi ai que fui surpreendido com a informação de que mesmo em meio a escuridão os blocos decidiram entrar na Passarela “iluminada” do Samba. Indaguei de imediato a organização, como poderemos julgar no escuro, os blocos vão ser prejudicados, e se a energia voltar, os que desfilarem com ela serão beneficiados e isso é injusto. Mas a noite avançava e o desfile tinha que acontecer, pois Carnaval tem dia marcado e folia e alegria são diretamente proporcionais nestes dias, e para nós ali reunidos, aquele era o dia e aquela era a hora. E eles vieram… trazendo seus foliões todos empolgados, se esforçando ao máximo e mostrando toda a vontade em desenvolver sua cultura carnavalesca. Ao chegarem em frente ao camarote dos jurados, paravam e se apresentavam como se estivessem em meio a um palco teatral todo iluminado, na verdade era a luminosidade de seus próprios sonhos e vontades, ali passadas gratuitamente a nós com a mais profunda emoção e devoção ao ritual Carnaval. A todos aqueles brincantes da noite de 15 de Fevereiro de 2010 o meu muito obrigado pela elegância e brilhantismo de suas apresentações.
Que me desculpem os carnavais "multi-luminados" do Rio de Janeiro e de São Paulo com suas escolas monumentais, Salvador com toda agitação de seus trios elétricos e abadás, Olinda com seus bonecos gigantes, e Belém com suas escolas tradicionais e sua Aldeia Amazônica Cultural, mais Carnaval de verdade, com garra e demonstração de vivacidade e alegria foi o Carnaval dos blocos de Ananindeua que no escuro total conseguiram passar ou melhor transcenderam a ideia que a comunidade necessita de um lugar para crescer, para desenvolver e sentir o que realmente faz bem ao ser humano, e simplesmente presentearam a todos que ali se encontravam mostrando que é possível até na adversidade da escuridão enxergar a real saga e a verdadeira vitória de seu povo.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010